Parece que Durão Barroso fez ontem o discurso anual sobre o estado da União Europeia. E digo «parece» porque o ouvi, mais ou menos distraidamente, num telejornal, sem atribuir qualquer importância ou solenidade ao acto.
Vejo agora que não sou caso único: em artigo em De Staandard, reproduzido por Press Europe, sublinha-se precisamente a pouca importância que os europeus lhe atribuem, em nada comparável ao que representa o discurso do Estado da Nação, feito pelos presidentes dos Estados Unidos. E, no entanto, «a influência de Bruxelas sobre os vinte e oito membros é maior do que a de Washington sobre os cinquenta Estados dos EUA», recorda o articulista do jornal belga, já que «milhares de aspectos são regulamentados pela Europa, da definição do chocolate até como reparar os olhos de um ursinho de pelúcia». «A Europa instala-se nas profundezas das grandes decisões políticas e nas pequenas de decisões diárias, mas conseguimos a proeza de lhe prestar muito pouca atenção. A Europa permanece no ângulo morto.»
O que disse Durão Barroso? Sei que afirmou que a Europa está melhor e que referiu Portugal como um bom exemplo – isso ouvi no telejornal. Também percorri, em diagonal, algumas páginas de jornais online, sem reter nada de especial. Mas o discurso fica aqui:
Deve ter sido importante.
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2 comments:
Também mandou um ralhete aos eurodeputados conservadores britânicos, por estarem a seguir o caminho do UKIP e a serem mais atrapalhadores do que ajudantes na discussão do futuro da Europa. Foi o que os jornais britânicos reteram do seu discurso da do Estado da Nação (e por arrasto, o que eu reti)
Os ingleses sempre lixaram a Europa da CEE dos 6 até hoje.
Nós deviamos ter ficado sempre do lado deles como no tempo de Wellington.
E continuavamos com os nossos milréis.
Eramos mais atrazados mas tinhamos razão para nos queixarmos.
Mas ninguem nos chamava caloteiros.
Não tínhamos nenhum Durão, paciência!
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