7.9.13

Portugal esvazia-se e envelhece



«Apesar do sucesso das medidas que fomentam a manutenção dos jovens no sistema de ensino, as previsões apontam para um decréscimo cada vez mais acentuado à medida que o efeito de onda resultante do alargamento da escolaridade obrigatória for sendo sobreposto pela quebra de cerca de dez mil novos alunos à entrada, nos últimos cinco anos», afirma a Direcção Geral de Estatística da Educação e Ciência.

Os efeitos do austeritarismo, que têm impacto no número de filhos (ou na ausência deles) num número crescente de famílias, a emigração em massa de milhares de jovens e o regresso a casa de muitos imigrantes que contribuíram fortemente para a natalidade nas últimas décadas, juntamente com a longevidade crescente dos mais velhos, são certamente os principais factores para que o país se mantenha como o tal jardim à beira-mar plantado, mas cada vez mais cinzento.

Em vésperas de abertura de mais um ano lectivo, é triste, bem triste, que o facto de não vermos as escolas mais vazias se deva apenas ao facto de outras, muitas outras, já terem encerrado portas. Será alto o preço que um dia será pago.
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