Addis Abeba nada tem de muito especial como cidade, excepto dois bons museus, um Arqueológico e outro Etnográfico, é desorganizada como seria de esperar (com 3,1 milhões de habitantes dos 85 que o país tem). Ou por outra: tem algo que nem eu, nem pessoas com larga experiência de viagens, alguma vez tínhamos visto: um mercado gigantesco, absolutamente caótico, que tem nada menos do que 103 hectares e onde se vende tudo o que imaginar se possa. Indescritível!
Dependente da agricultura como a Etiópia é, terra onde «quem trabalha são as mulheres e os burros» (estes, utlizados para as mais variadas tarefas), depende cada vez mais de investimentos chineses e turcos, exporta algodão e têxteis, carnes de várias espécies animais e, evidentemente, café. Aliás, reza a lenda ou a história (nem sempre é fácil perceber-se em que plano se está exactamente) que foi aqui que o café foi descoberto. Como? Uma cabra ter-se-á mostrado tão excitada depois de comer repetidamente a respectiva planta que os donos decidiram seguir-lhe o exemplo, descobrindo assim as respectivas potencialidades.
Muito teria a contar mas estou sem tempo. Só mais uma pequena nota. A um etíope que me explicava hoje que, não tendo aderido ao calendário gregoriano, estão agora em 2005, disse-lhe que se preparassem para 2011 e seguintes. Julgo que não percebeu porquê.
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