7.1.14

Exportem-se os velhos



Os europeus estão a descobrir que sai mais barato pôr os parentes em lares do outro lado do mundo, nomeadamente da Ásia, continente no qual, para além disso, o cuidado com os idosos está enraizado em muitas culturas, o que melhora significativamente a relação custo-benefício quando comparada com a que se consegue na Europa.

A Tailândia é um dos países de eleição e, no caso da notícia que li, Chiang Mai é a cidade escolhida por uma suíça para internar a mãe. Pudesse a senhora gozar do local em que se encontra e nem teria grande pena dela: Chiang Mai, no Norte do país, numa região montanhosa, historicamente célebre pela sua posição estratégica na rota da seda, actualmente centro de ourivesaria e de artesanato, é uma belíssima cidade! E também não estranho que os preços dos lares sejam baixos, já que tudo é tão barato, quando se chega com euros na algibeira, que se teme por vezes que faltem zeros nos preços afixados.

Mas, agora sem cinismo, que mais faltará ver neste mundo mal globalizado, onde os velhos são exportados (sim, exportados) para onde a mão de obra é mais barata e menos desumanizada? 
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2 comments:

José Couto Nogueira disse...

Acho uma boa ideia. Em vez de apodrecer nos lares apertados, encardidos e mal servidos do país (caríssimos), com certeza que é melhor estar numa paisagem paradisíaca com uma cozinha requintadíssima, servido por pessoal simpático e prestável. Quanto à distância aos entes queridos (que mandaram o idoso para longe) não é nada que o Skype não resolva!

Joana Lopes disse...

José Couto Nogueira, quando a Europa não tiver crianças, nem velhos, talvez saia da crise...