«Um país sem estratégia é como alguém perdido no deserto ou no gelo sem bússola ou GPS. Portugal, nesse aspecto, é o exemplo perfeito do brilhante táctico que se esquece de definir qual o destino que deseja. (...) Sendo os portugueses sobreviventes encartados, julgam dispensável criar um modelo económico de Portugal. Seguem o vento ou os aromas da pimenta, o brilho do ouro ou o canto da sereia dos fundos da UE. (...)
País de navegantes, até gerir com inteligência uns estaleiros navais se torna uma tarefa ciclópica. Tudo porque dispensamos a estratégia, um plano geral, e nos contentamos com pequenas tácticas. Foi essa a razão porque pagámos uma fortuna pelo documento de Michael Porter e depois o encadernámos numa prateleira cheia de pó. (...)
Pensar cansa, julgam os nossos políticos, que só olham para as próximas eleições.»
Fernando Sobral, no Negócios de hoje.
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