5.5.14

O simples cobrador de impostos



«Ronald Reagan conquistou a Casa Branca dizendo aos americanos coisas tão certeiras como esta: o contribuinte é uma pessoa que trabalha para o Governo sem ter feito concurso para funcionário.

Dizendo ser tão ou mais liberal que Reagan, mas sem a sua sapiência glamorosa, Pedro Passos Coelho colocou todos os portugueses a trabalhar para o Governo. Isso torna-o mais próximo de Nikita Khrushchev do que de Ronald Reagan. Nada que o pareça incomodar. (...)

Quem brinca com pólvora um dia destes fica com a cara cheia de fuligem. Passos Coelho ficará num dicionário como um sinónimo de impostos. Foi incapaz de fazer uma reforma do Estado. É incapaz de combater o desemprego. A despesa continua firme como cimento (onde está o corte de custos nas PPP?). Os impostos sobem como um balão desgovernado. Pior: Passos Coelho consegue fazer e dizer que não o fez.»

Fernando Sobral, no Negócios.
.

1 comments:

Miguel disse...

"A reforma do estado". É o quê? Parece que, da direita à esquerda, ou vice-versa, toda a gente usa essa expressão como se ela contivesse em si mesma uma significação evidente. Devo ser muito burro, mas ainda não compreendi o seu concreto conteúdo. Alguém quer fazer o favor de mo explicitar? Talvez o cronista? Reforma do estado, é o quê? Menos deputados? Menos municípios? Menos directores-gerais? Ok, não se cansem, também não faz mal que eu morra na ignorância. Apenas ficaria agradecido que, da esquerda à direita, ou vice-versa, deixassem de usar essa expressão (que em si nada significa) como uma espécie de poção mágica detida por um qualquer druida.
Miguel T. Pereira