«Nuno Crato é ministro no tempo e no lugar errado. É o ministro errado. A sua felicidade teria sido suprema se tivesse o poder durante a Revolução Cultural chinesa. Aí poderia ter-se tornado o pequeno ou médio educador de todo um povo.
Sem o perigo de alguém levantar a voz contra a sua clarividência. Lamentavelmente materializou no penoso Ministério da Educação. Está a fazer agora o seu pequeno livro vermelho da educação. Depois dele sobrará o caos. O seu grande objectivo foi, desde o início, tornar os professores os alvos de todas as culpas do sistema. Não precisam de se confessar em público. (...)
Sabe-se qual é a política de Crato para destruir o ensino público (indo o privado pelo mesmo caminho). Para ele o ensino não é um serviço público. Por isso deve ser ligeiramente regulado, seguindo o princípio da necessidade dos consumidores e da escolha dos estudantes. Assim as escolas providenciam um serviço e os estudantes são consumidores. A qualidade é determinada pela "satisfação" destes e dos seus pais. Ou seja, para ele, a educação não tem de ter um papel cultural para formar pessoas numa sociedade. É um produto económico, com um valor, e que se coloca no mercado em busca da "satisfação" do cliente. Assim sendo, para o pequeno educador, os professores são os últimos da cadeia alimentar.»
Fernando Sobral
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1 comments:
Tenho uma secretária destas parecida
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