O novo episódio da colocação dos professores, concretizado ontem em mais um acto em que Nuno Crato nem cumpriu aquilo a que se comprometera publicamente, ultrapassa tudo o que é admissível.
Centenas (poucas ou muitas) de professores, colocados há algumas semanas e em exercício de funções, foram informados de que, afinal, «não valeu»: irão para outras escolas ou para o desemprego. Mesmo que morem habitualmente em Bragança, tenham alugado casa (e pago rendas adiantadas) em Sintra, matriculado aí os seus próprios filhos, etc., etc., poderão ser obrigados a rumar agora até outras paragens – ou nem sequer dar aulas este ano.
Num país decente, normal, ter-se-ia levantado ontem um grande clamor e milhares de pessoas teriam saído à rua em protesto. Por cá, esse clamor ficou-se pelas redes sociais. Business as usual.
Mas o que me pareceu mais impressionante foi o ar mais ou menos resignado de alguns dos professores atingidos, entrevistados nos telejornais de ontem à noite. Não vi gritos de revolta, apenas consternação e lágrimas contidas. Como é possível que tenhamos chegado aqui?
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1 comments:
Com toda a naturalidade.Folclor.E nem 1/3º do que lutaram os gregos.
Tudo controlado pela CGTP.Tudo cravinho na lapela,e passeata na Trindade.Tudo in.Quando se aceitam convites para partecipar na manifs da CGTP ( QUE SE LIXE A TROIKA POR EX),dá nisto.
Ai como me recordo nos blogues sobre educaçao as notas laudatórias ao GRANDE CRATO´há três aninhos( vide o grande Guinote)!!Ui,atão não há memória?
Ai AGUENTA AGUENTA.
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