Ricardo Araújo Pereira, na Visão de hoje:
«Tenho observado com muito entusiasmo a recente invenção jornalística do terá. (...)
Funciona assim: "Fulano terá feito uma falcatrua.» Quando? No passado. Mas o verbo ter está no futuro. O que significa que talvez venha a confirmar-se no futuro que sucederam certas coisas no passado. (...)
O terá garante, até judicialmente, que a fase anterior ainda não é uma afirmação, mas também deixa claro que já não é uma pergunta. É uma afirgunta. A afirgunta é um novo género jornalístico que não constitui exactamente uma notícia. É uma hipótese de notícia. Uma suposição. E quando a afirgunta gera novas afirguntas transforma-se em afirmação.»
Na íntegra AQUI.
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