22.4.15

O PDF do PS – primeiras reacções (3)


«Onde é ideológico, mostra um entusiasmo pela soluções liberais para o “mercado de trabalho” que o PS nunca tinha expressado. 
Abandona a ideia do Estado estratego, reforça o primado do mercado nas escolhas sociais. Diz ao que vem. Onde é concreto, confirma essa ideologia:
  • Abandona qualquer ideia de reestruturação da dívida soberana, 
  • Ignora as sugestões anteriores do PS sobre a “leitura inteligente” do Tratado Orçamental e recusa uma intervenção para o corrigir ou ajustar, 
  • Ignora a questão da estabilidade e confiança no sistema de crédito e da consistência dos balanços dos bancos, 
  • Garante a continuidade das políticas de trabalho do governos das direitas, rejeitando a devolução de direitos retirados, 
  • Recusa a decisão do Tribunal Constitucional, adiando a reconstituição de salários e pensões, 
  • Propõe a redução do valor real das pensões em 8%, excepto das pensões mínimas, 
  • Indica o aumento da idade da reforma, de modo não especificado, 
  • Conduz à redução da remuneração média por trabalhador em 7%. 
  • Não define uma escolha sobre a privatização da TAP.»

Vamos fazer o que ainda não foi feito? (José M. Castro Caldas)
«Uma reestruturação, essa sim inteligente, da dívida permitiria aliviar a restrição orçamental não só para repor salários e pensões, mas para recuperar a administração pública da sangria de trabalhadores a que tem sido sujeita, estimular o investimento público e privado e criar emprego. A reestruturação permitiria respirar e crescer e até garantir um orçamento suficiente (isto é, não dependente do financiamento externo). Mas para isso era preciso um governo que não se limitasse a ir a Bruxelas, como o Governo tem feito e como o PS agora parece querer fazer, de braços caídos, conformado com o que parece ser uma armadilha de betão.» 
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