«Chegámos ao momento da escolha do novo Presidente da República. A emoção perante a perspectiva de um novo PR é largamente suplantada pela felicidade na saída do antigo.
O último debate foi uma espécie de despedida. Há candidatos que nunca mais vamos ver e outros que não vamos ver mais como víamos. Não é odioso dizer que só a carreira política de Tino cresceu com esta campanha. (…) O Henrique Neto ficou mais velho entre duas perguntas. O Tino nem na quarta classe passou tanto tempo seguido sentado numa sala sem se mexer.
O debate ficou marcado pela preocupação com a independência, com candidatos a negarem qualquer tipo de apoios. Em breve haverá um candidato que vai ter honra em afirmar que é tão independente que nem tem o apoio de um único cidadão. Zero. Nem ele próprio se apoia para não haver interferências. (…)
Não sou de previsões - "excepto de aguaceiros graças a uma lesão num cotovelo aquando da guerra da lampreia de 82/84" -, mas sou capaz de arriscar que Marcelo vai vencer as eleições à primeira volta. Mas, se chover, não ganha à primeira. Mas isso só o meu cotovelo saberá no sábado.
Resumindo, já todos sabemos o que irá fazer Marcelo, mas não fazemos ideia de como será o futuro dos outros. Ainda em formato palpite, imagino que, se perder, Cândido Ferreira vai para navegador solitário. Faz "curriculum navegação" à volta do mundo. Tino faz o tal partido que Marinho e Pinto ia fazer, mas em giro. Maria de Belém nunca mais tira o luto. Neto vai ficar ainda mais chato e vai começar a embirrar com ele próprio - "Eu bem te tinha avisado para não deixares a janela aberta. Agora estás com os mamilos gigantes. Vou ter de pôr a camisola interior de cortiça". Paulo Morais vai frisar o cabelo, Edgar Silva é canonizado pelo PCP, Jorge Sequeira é preso por mandar piropos, Marisa Matias junta-se à Juve Leo e Nóvoa vai fazer uma licenciatura. E nós? Nós estamos tramados.»
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