«À Esquerda não há crise, há recomposição. O espaço vazio que o PS escancarou com as suas indefinições foi ocupado por uma Esquerda de ideias no lugar e mensagens claras. Sampaio da Nóvoa fez uma boa e importante campanha, mas foi incapaz de se libertar de contingências que não eram suas: o confronto com Maria de Belém e a constante definição "de Centro", a identidade natural de quem, como Marcelo, abdicou da política para não arriscar ambiguidades.
Quanto ao futuro, três certezas. A imprevisibilidade de Marcelo, a esperança aberta por uma Esquerda que cresce, e a alegria por nos vermos livres de Cavaco. Ao vetar os diplomas da adopção por casais do mesmo sexo e da reposição do aborto sem humilhações, Cavaco Silva só não apodreceu ainda mais a sua imagem porque já não havia muito por onde piorar.»
Mariana Mortágua
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