Entre vozes confusas e interesses específicos mal disfarçados, há finalmente alguém – Paulo Pedroso – que, e em curtos parágrafos, defende uma posição mais do que sensata.
«Eu, beneficiário da ADSE e contente pelo que dela recebo, disponível para continuar a pagar para ter um sistema complementar de saúde, também acho que esta, tal qual existe, é uma reminiscência do tempo em que não havia serviço nacional de saúde e cada grupo profissional tinha direitos diferentes à saúde.
Não defendo a sua extinção, mas também não acho que os funcionários públicos devam ter um direito à saúde separado do resto da sociedade.
Como quero - pagando para isso - um benefício complementar em saúde, concordo com a proposta que o meu amigo Alexandre Rosa há muito defende: vamos transformar a ADSE numa mutualidade, assumir que é o fruto da auto-gestao de uma parte dos seus recursos por um grupo profissional e acabar com a actual ambiguidade.
Serviço público de saúde deve haver só um. Para benefícios complementares, prefiro os associativos, mas a competirem com os seguros privados, separados do Orçamento de Estado e não a distorcer o princípio do serviço nacional de saúde. Por isso não vejo porque há-de o Estado administrar o que devia ser a mutualidade dos funcionários públicos. Quero o Estado fora da ADSE e a ADSE fora do Estado»
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