Não vejo como o antídoto para a espanholização seja Isabel dos Santos. (Francisco Louçã)
«O patronato português conta com ela e teme-a, mas como sempre é incapaz de se lhe opor, porque o capital gerado em Portugal tem tido outro destino que não o investimento. Nem isso explica que o governo promova ou permita o complemento da angolanização, depois de ter subscrito, forçado ou não, a venda do BANIF ao Santander e agora a tomada do BPI pelo La Caixa.
Que o controlo público é a única alternativa consistente, já o tenho defendido de há muito. Constato que pelo menos quanto à CGD isso parece suficientemente consensual, do presidente Marcelo Rebelo de Sousa ao primeiro-ministro António Costa e a toda a esquerda, se não mesmo a parte da direita. Mas a CGD é somente a trincheira ameaçada. O Novo Banco ainda não foi vendido. Por isso, é no Novo Banco que está a possibilidade de ampliar o sector público, o único que não vai ser nem espanholizado nem angolanizado e que permite pôr o interesse da economia e do emprego à frente dos jogos bancários.»
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