5.5.16

Rui d’Espiney, ainda



Vale muito a pena ler este texto de um repórter da agência norte-americana Associated Press, que esperou 50 anos para conhecer Rui d`Espiney.


«“A minha mulher não foi capaz de me reconhecer, tais eram as nódoas negras e o sangue na minha cara. Disse: ‘Enganaram-se na pessoa, este não é o meu marido’”, recordou. “A polícia julgou tratar-se de um truque, mas ela não me reconheceu mesmo.”»

«Perguntei-lhe como lidara com o encarceramento em Caxias e, mais tarde, em Peniche. Respondeu-me com uma frase que recordarei para sempre, lembrando que apreciara pequenos episódios como cruzar-se com Soares num corredor ou conhecer outros presos. “Há sempre corredores de liberdade, até nas prisões de alta segurança”.»
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