«É tido por natural que um canal privado de televisão possa tomar partido sobre questões de política geral, não mostrar isenção, não garantir o contraditório, promover determinados pontos de vista, escolher comentadores que reforcem a sua posição e adiante.
Afinal, trata-se de um negócio privado e ninguém pode contestar a maneira como os acionistas acham que garantem lucro.
A maioria já percebeu isto e relativiza a informação televisiva. Aliás, há mais mundo para além da televisão. As redes sociais têm hoje um papel decisivo na formação de opinião. Basta ver o resultado das últimas eleições para se perceber como o condicionamento ideológico televisivo não funciona. (…)
Sucede que existe um canal público e, talvez por inércia, segue exatamente a mesma posição ideológica informativa dos restantes canais. Aliás, frequentemente, é ainda mais tendencioso. Ora isto não é tolerável. Aqui não há lugar a argumentos de gestão privada. Os acionistas da RTP são o povo português. E o povo, na sua maioria democrática, tem direito a isenção, independência, uma informação assente nos factos, não nas opiniões, e estas sujeitas a contraditório e diversidade. Tal como está a informação televisiva da RTP não corresponde minimamente a qualquer definição de serviço público. (…)
Enfim, não se trata de pretender partidarizar o canal público de televisão. Isso aconteceu no passado e não é mais aceitável. Pelo contrário trata-se de exigir verdadeira independência e uma informação conforme à realidade e não à posição política de quem a escreve ou diz.
Em tempos a informação dependia da fiabilidade, ou seja, da confiança. Um canal, um jornal, eram tidos por bons quando os consumidores tinham confiança na sua informação. A confiança era o principal ativo de um órgão de informação. Que as televisões privadas tenham abandonado o primado da confiança e se tenham tornado num campo de disputa partidária é com elas. Mas a televisão pública é outra coisa. Pertence ao conjunto dos cidadãos e estes têm o direito de serem informados sobre factos reais, em toda a sua complexidade, e não sobre a reduzida visão de uma particular tendência político-partidária.»
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2 comments:
Completamente de acordo. A RTP não respeita a vontade da maioria e comporta-se tal como as 7 empresas proprietárias das televisões jornais e revistas, cujos proprietários são:
1 - Global Média (Oliveira+Mosquito+Montez)
2 - Sonae (Belmiro de Azecedo)
3 - Cofina (Paulo Fernandes)
4 - Ongoing (Nuno Vasconcelos)
5 - Newshold (Sobrinho Simões)
6 - Impresa (Pinto Balsemão)
7 - Média Capital (Paes do AmaraL+Grupo Prisa)
Sabe-se que algumas têm dívidas aos Bancos e ao ao Estado que ultrapassam os mil milhões de Euros.
Ao compreender isto nunca mais comprei um jornal.
Televisão o mínimo possível.
É uma intoxicação permanente que só contribui para a nossa desgraça para gáudio daqueles senhores.
Eu também.Tv só a 2 e canal Mezzo.Podem crer, que alívio 😋😋😋
Era só o que faltava estar a ver Ana Lourenço e os seus convidados tipo Nobre Guedes e o professor pardal😜....livra.
Aliás esta esquerda da gozo.Não se atreve a privatizar a RTP1 porquê? Aquela estação televisiva se fosse privatizada era o melhor que nos podia acontecer.Acabava-se com os chulos jornaleiros e iria-se ver tudo ao estalo por causa da publicidade 😁!!!Ao Balsemão dava-uma caganeira pois aquela trampa da SIC só da prejuízo. Aos outros?A mesma merda acabaria por acontecer.... haviam de publicitar o POKÉMON 😂
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