16.1.17

Adeus, «Público» – para mim, acabou hoje



Alexandra Lucas Coelho, esta tarde, no Facebook:
«O recém-empossado director do “Público”, David Dinis, propôs reduzir a minha crónica semanal a mensal e cortar para metade a remuneração de cada crónica. Recusei por considerar que essa proposta esvazia o diálogo com o leitor e reduz a remuneração a algo indigno. Nenhuma outra proposta foi feita. Cumprirei, pois, o contrato que tenho até 31 de Março, e a partir daí encerra-se a minha relação de 19 anos com este jornal. Registo que isto acontece na sequência de David Dinis ter dispensado José Vítor Malheiros e Paulo Moura, nomes fundamentais na história do “Público”, e do jornalismo português. Registo ainda o facto de os três estarmos claramente à esquerda do que é o posicionamento do recém-empossado director.»

Paulo Moura, esta tarde, no Facebook:
A minha colaboração com o Público termina este mês, por iniciativa da actual direcção, de David Dinis. Estou no jornal desde a sua fundação. Saí dos quadros da empresa em 2013, por minha decisão, mas mantive um acordo de colaboração regular. Chega agora ao fim uma intensa e fecunda relação de 27 anos, no mesmo momento em que são dispensados do jornal nomes tão fundamentais da imprensa portuguesa como Alexandra Lucas Coelho e José Vítor Malheiros. Continuarei a fazer reportagem, a escrever e a publicar onde quer que o Jornalismo seja valorizado.

José Vítor Malheiros 
A última crónica 


Quem se seguirá? José Pacheco Pereira???
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3 comments:

Victor Nogueira disse...

A "iniciativa da actual direcção, de David Dinis" não é deste, mas dos accionistas maioritários da empresa proprietária do Público. David Dinis não decide, cumpre. Por isso e para isso terá sido contratado. Perdendo uma certa "aura" de "esquerda, sendo um jornal deficitário, que caminhos seguirá o "Público" ?

Amandio Nogueira disse...

A deriva do Público já vem de longe e estas almas só agora deu por isso?!...

Orlando Castro disse...

Tudo normal. O sipaio David Dinis “doutorou-se” como criado de luxo (assessor) do poder e, agora, está a pagar a sua “escolha” para director.