Manuel António Pina morreu em 19 de Outubro de 2012 e a memória do que representou, com tudo o que lhe devemos, mantém-se intacta. E como nos fazem falta as suas crónicas, de Segunda a Sexta-Feira!
Tive algum contacto pessoal com ele, em troca de mails, que guardo como tesouros. Eram sempre muito longos, naquilo que o próprio confessava ser uma espécie de «desforra» do espartilho imposto pela limitação do número de caracteres nos textos a serem publicados em jornais. Falava sempre dos gatos e tinha um magnífico sentido de humor. Um dia comentou uma «enorme calinada» que não tinha conseguido corrigir a tempo no texto que enviara umas horas antes para o jornal: «Troquei a Sierra Maestra pela Sierra Madre. Confundi Fidel com Pancho Villa (por quem aliás, tenho, apesar de tudo, mais simpatia do que por Fidel). O dr. Freud teria aqui motivo para um parágrafo na "Psicopatologia da vida quotidiana", eu só tenho vontade para, como quando era miúdo, meter a cabeça debaixo dos cobertores e passar assim o fim-de-semana.»
A ler: uma entrevista que Anabela Mota Ribeiro fez quando MAP tinha 65 anos.
A ver ou rever: o trailer de um excelente filme de Ricardo Espírito Santo.
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