4 de Junho de 1989 marcou o fim de quase dois meses de protestos na Praça da Paz Celestial, em Pequim, quando os tanques avançaram brutalmente sobre os manifestantes. Os factos são conhecidos, mas é sempre bom tê-los presentes – sobretudo em imagens, que falam por si e substituem, quase sempre com vantagem, muitas palavras.
Ao longo dos últimos anos, tudo tem sido recordado recordado, sobretudo por alguns protagonistas de 1989 ou pelas suas famílias.
Hoje mesmo, The Guardian publica um texto sobre o tema:
#Tankman2018: hero of Tiananmen protest remembered across globe.
E não resisto a transcrever o que escrevi neste blogue, quando estive em Pequim há pouco mais de um mês: «Regressei, com prazer à Praça Tiananmen, o mausoléu de Mao, o Palácio dos Congressos e tudo o resto estão nos mesmos sítios, o que mudou foi que a vi praticamente vazia em 2004 e com magotes e mais magotes de gentes várias desta vez. E retive o silêncio da simpática guia que nos acompanhava com explicações em espanhol: várias vezes interrogada, foi dizendo que dos acontecimentos de 1989 "nada sabia", que nasceu e vivia então na Manchúria, que nada viu, que não se aprende na escola, que há muitos milhões de chineses que nunca ouviram falar desse não assunto. "Não sei nada, não posso saber, não insistam, por favor".» Comentários para quê...
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