Soube-se há pouco que Ricardo Robles renunciou «aos cargos de vereador na Câmara Municipal de Lisboa e de membro da comissão coordenadora concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda».
Foi uma decisão que só pecou por ser tardia. Ontem à tarde, publiquei no Facebook o texto que abaixo transcrevo. Embora mais apropriado para aquela plataforma, fica aqui também.
«Nada escrevi até agora, à espera de ver se a poeira assentava. Segui todas as notícias dos últimos dias e muito do que se escreveu aqui pelo Facebook, o que me provocou por vezes verdadeiras náuseas, nem tanto pelo conteúdo, mas pelo frenesim, para mim misterioso, que levou algumas pessoas a publicarem dezenas de «posts» e centenas de comentários sobre o tema.
1 – Do Bloco sou, e continuarei a ser, eleitora e apoiante.
2 – Não tenho qualquer opinião pessoal sobre Ricardo Robles, não o conheço e nem sequer sabia da sua existência até à campanha para as últimas autárquicas.
3 – Nada tenho a acrescentar a tudo o que foi escrito, dito ou ouvido, nem estou disposta a discutir detalhes, e apenas me apetece dizer que, sem pôr em causa a legitimidade do que quer que seja ou a honestidade de alguém, considero que a situação é complexa e tem dados que geram conflitos de interesses passados e futuros.
4 – Assim sendo, se eu estivesse na posição do vereador do Bloco renunciaria ao cargo por julgar que tinha deixado de ter condições para o exercer, por mais que considerasse ter a razão do meu lado e qualquer que fosse a decisão da direcção do partido. E se pertencesse à dita direcção, já tinha substituído o Ricardo Robles na CML. Era só.»
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