14.11.18

Estivadores: mais trabalho para mais pessoas




«O impasse entre os estivadores e as empresas não tem solução à vista. A Operestiva terá proposto contratar 30 estivadores do grupo de 90. Um terá assinado, mas a maioria recusa.

Jorge Brito é há sete anos estivador em Setúbal. Frequentemente, é recrutado duas vezes por dia, uma por cada turno de oito horas que faz no porto. É um dos trabalhadores eventuais a quem terá sido oferecido vínculo a prazo e explica que a oferta não responde às reivindicações. Os estivadores assumem que nem todos podem ser contratados, mas querem um contrato coletivo de trabalho que estipule também garantias para os que permanecerão precários. A exigência é que uma parte do grupo - mais dos que os 30 propostos - seja contratada, mas possa prescindir do direito de realizar turnos adicionais a favor dos eventuais que ficarem.

"Basicamente, o que queremos é prescindir do direito às horas extraordinárias em prol de mais trabalho para mais pessoas. E é isso que eles não querem - mesmo essas pessoas continuando trabalhadores precários. A única diferença é que ganhavam o direito a fazerem um turno antes de os efetivos fazerem um turno extraordinário", explica o estivador.»
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