13.2.19

Como a direita olha para a reeleição de Marcelo



«Tendo o voto da direita no bolso e sendo o garante de ‘status quo’ que a esquerda precisa, Marcelo limita-se a andar pelo pelo país a distribuir palmadinhas nas costas, abraços e… selfies (o que é muito mais higiénico que os beijinhos). Ora, sendo isto tudo de que é dono e senhor, Marcelo já não é de direita. Ou dito de outra forma: já não é da direita em que os cidadãos com 20 e 30 anos se revêem. Nem sequer é da direita das pessoas mais velhas que viraram as costas ao que o Estado Novo representava.

Sendo a direita actualmente anti-sistema não há muitos motivos para que esta apoie a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República. Marcelo não só representa o atavismo da sociedade portuguesa, com a leviandade e a futilidade que caracteriza a forma como exerce o cargo (e que tanto jeito dá à esquerda), como entra em contradição com a necessidade de abertura do país a uma alteração comportamental e a um corte profundo com a protecção injusta atribuída a certos sectores. Não que Marcelo esteja envolvido nesse género de injustiças, mas o que personifica representa uma realidade que a direita não deve querer para o futuro. E se assim é, por que motivo deve a direita apoiá-lo? Não vejo outro que não seja o do mero calculismo eleitoral do PSD, CDS e da Aliança.»
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