17.6.19

Cazaquistão



No passado dia 9, realizaram-se eleições presidenciais no Cazaquistão, um país da Ásia Central a que ligamos pouca importância. E fazemos mal, porque é o nono do mundo em extensão, com uma área superior à da Europa Ocidental, e um peso considerável na área, aparentemente com tendência para crescer.

Foi governado durante trinta anos por Nursultan Nazarbayev, que renunciou ao cargo em Março deste ano e nomeou como presidente interino Qasim-Yomart Tokayev – seu candidato favorito e, infelizmente, vencedor óbvio das eleições agora realizadas. Houve alguma contestação que foi reprimida, o novo presidente dá aparência de alguma abertura (como se vê no vídeo com uma entrevista divulgada agora pela Euronews), mas… as liberdades ainda vêm longe.

Estive lá há três anos e escrevi um texto que sobre a belíssima capital do país – então «Astana» e agora rapidamente baptizada com o nome do ex-presidente, «Nursultan», assim que este renunciou ao cargo. Esclarecedor, não?

Não sei se se realizará a previsão que um cazaque me transmitiu quando lá estive: «Esperamos que o “nosso presidente”, que tem 77 anos, ainda dure muito: já encheu os bolsos há que tempos, depois fez bem ao povo. Quando vier outro, vai primeiro encher os bolsos.»


.

2 comments:

José Corvo disse...

Querem um Cazaquistão capitalista?

Joana Lopes disse...

Tenha juízo! É um dos países mais capitalistas em que já estive.