Não é fácil, mas há que manter a cabeça fria.
Ontem, ao ouvir na RTP 3 uma «especialista em Direito do Trabalho» meter no mesmo saco de «greves inorgânicas» perigosas a dos motoristas e as da Autoeuropa e dos Estivadores, percebi como se está em situação derrapante. As greves não são boas ou más por se integrarem ou não nos esquemas a que nos habituámos e temos de viver com os novos modelos – que vieram para ficar.
Além disso, começa-se a ver sinais inquietantes de ameaça ao próprio direito à greve quando se diz que esta só deve afectar patrões (ou Estado). Claro que a força de qualquer greve se mede, não só mas também, pelo impacto nos utentes dos serviços afectados. Embora com limites, evidentemente.
Estou com isto a apoiar o doutor Pardal e afins? Obviamente que não. Mas quando se condena algo, há que não deitar fora a criança com a água do banho.
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