«Cerca de 40% das mortes por covid em Portugal aconteceram nos lares. Numa carta enviada ontem ao primeiro-ministro, o Sindicato Independente dos Médicos classifica de "criminosa" a inação do Estado relativamente a estas estruturas, considerando que faltam planos de contingência e "não existem orientações nem regras claras" quanto aos procedimentos de atuação em caso de surtos. "Acima de tudo, como é que foi possível o Estado Português, através do ministério que tutela lares, não exercer a sua função fiscalizadora"?, questionam os médicos. (…)
Na habitual conferência de imprensa onde diariamente são comunicados os óbitos, o secretário de Estado da Saúde informou ontem que há neste momento surtos ativos em 72 lares, com um total de 545 idosos infetados. Quantos desses lares serão como o de Reguengos de Monsaraz? E quantas outras mortes já não terão sido - ou serão ainda - provocadas pelo vírus do abandono?»
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