31.3.22

Para mais tarde recordar?

 

«O Presidente da República começou por recordar que, nas eleições de 30 de janeiro passado, entre as várias opções que tinham, os portugueses escolheram "dar a maioria absoluta a um partido" - mas "também a um homem". E isso criou ao eleito responsabilidades especiais porque cumprir o mandato até ao fim "é o preço das grandes vitórias, inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas" e, além disso, "é sobretudo o respeito pela vontade inequivocamente expressa pelos portugueses para uma legislatura." Isto é - disse ainda o PR: "Agora que ganhou, e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza de que Vossa Excelência sabe que não será politicamente fácil que essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições possa ser substituída por outra a meio do caminho. Já não era fácil no dia 30 de janeiro, tornou-se ainda mais difícil depois do dia 24 de fevereiro [início do ataque da Rússia à Ucrânia]."

Marcelo foi mesmo ao ponto de, muito veladamente, ameaçar com eleições antecipadas (caso Costa parta para a Europa). Fê-lo ao garantir que, "se necessário", não hesitará em "avançar para decisões mais arriscadas ou ingratas", como - recordou - fez ao convocar as últimas legislativas e ao decretar vários estados de emergência.»

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