Este senhor escreveu hoje um longo artigo de opinião no Público. Não lhe dou palco para a divulgar, mas, pelo conteúdo, ainda não percebi se a intenção foi tornar-se líder interino do partido a que pertence enquanto não há outro, ou comentador à espera de ser convidado pela CNN.
Chega a dar notas a alguns dos actuais ministros, como fazia o seu antecessor no comentariado e sucessor em Belém e diz na avaliação do governo: «Se fosse tomado como indicador o perfil político do primeiro-ministro, com base na análise da sua atuação nos seis anos de chefia do Governo, (…) obter-se-ia um grau de coragem política muito baixo, com exceção do mercado de trabalho, em que revelou resistência às pressões da extrema-esquerda no sentido do aumento da rigidez da legislação.»
Pode-se fazer muitas críticas a António Costa como primeiro ministro – e eu faço –, mas atribuir-lhe «um grau de coragem política muito baixo», excepto quando resistiu aos seus parceiros à esquerda, parece-me não só injusto como reles. Confere: a «persona» de Cavaco Silva sempre foi pobretana e não melhora com o tempo. As Ilhas Selvagens e as cagarras têm saudades dele.
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