30.5.22

Slavoj Zizek e a guerra

 

Goste-se ou não de Zizek, aqui fica um excerto de um texto publicado há alguns dias:

«Na actual crise da Ucrânia, ambas as partes apresentam os seus actos como algo que simplesmente tinham de fazer: o Ocidente tinha de ajudar a Ucrânia a permanecer livre e independente; a Rússia foi obrigada a intervir militarmente para proteger a sua segurança. O exemplo mais recente: o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirma que a Rússia será “forçada a tomar medidas de retaliação” se a Finlândia se juntar à NATO. Não, não será “forçada”, da mesma forma que a Rússia não foi “forçada” a atacar a Ucrânia. Esta decisão só parece “forçada” se se aceitar todo o conjunto de pressupostos ideológicos e geopolíticos que sustentam a política russa.

Estes pressupostos têm de ser analisados de perto, sem quaisquer tabus. Ouve-se frequentemente que devemos traçar uma linha estrita de separação entre a política de Putin e a grande cultura russa, mas esta linha de separação é muito mais porosa do que possa parecer. Deveríamos rejeitar resolutamente a ideia de que, após anos de tentar pacientemente resolver a crise ucraniana através de negociações, a Rússia foi finalmente forçada/coagida a atacar a Ucrânia — nunca se é forçado a atacar e aniquilar um país inteiro. As raízes são muito mais profundas; estou pronto a chamá-las devidamente metafísicas.»

O texto completo pode ser lido AQUI.
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