Os OCS e muitos republicanos das redes sociais estão já a virar-se, deliciados, para as imagens da coroação de um rei, mas regressemos ainda ao nosso passado recente.
Resumindo:
- Um delegado de turma não conseguiu manter a ordem numa aula do terceiro ciclo e veio queixar-se a toda escola com pompa e muitos detalhes;
- O director deu-lhe razão e manteve-o na função;
- Uma autoridade sénior do país não concordou, tentou em vão demover o director e veio dizer ao país que o delegado de turma nem para porteiro da escola servia.
Mais a sério: Galamba já trazia um fardo de inconsequências às costas, geriu pessimamente uma situação mais ou menos elementar, era mais do que generalizada a convicção de que seria demitido pelo primeiro ministro e este não a concretizou, não por ser a melhor decisão para o país (alô, TAP...), para o governo e para o próprio Galamba, mas apenas para criar um braço de ferro com o presidente da República que estava a querer imiscuir-se nos seus domínios. Marcelo não gostou, deixou ameaças de controle apertado ao governo e espezinhou Galamba para além do imaginável.
Tudo isto é normal em política? Não, não aceito. Há políticos, mesmo a alto nível, que são pessoas decentes e boas e já tivemos algumas. Neste caso, Marcelo e Costa não pertenceram a essa categoria: foram maus – maus de maldade, mesmo. Gélidos e viperinos.
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