6.5.23

O “grito do Ipiranga” de António Costa

 

«Mas há mais irregularidades que implicam directamente o ministro João Galamba. Ele mentiu ao emitir um comunicado, a 6 de Abril, em que afirmava que tinha sido a presidente executiva da TAP a pedir para ir à reunião com o deputado Carlos Pereira, na qual foi preparada a audição na Comissão Parlamentar de Economia. E envolveu uma colega de Governo, a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendonça Mendes, ao dizer que a reunião foi por esta marcada. Isto, porque na inacreditável conferência de imprensa, do passado sábado, o ministro revelou que foi ele mesmo que lhe sugeriu a participação na reunião de 16 de Janeiro, numa outra reunião que ambos mantiveram na véspera. Assim como não é normal nem cordial a forma como João Galamba, na conferência de imprensa de sábado, expôs a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, e o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.

A partir de agora, depois de assumir a autonomia política em relação ao Presidente da República, o primeiro-ministro sabe que, no seu caminho até ao fim do mandato, não pode estar sujeito a mais armadilhas lançadas de dentro do próprio Governo. Nomeadamente, pelo que ainda vai ser tornado público na comissão parlamentar de inquérito à TAP, a começar pelas audições do ministro das Infra-Estruturas e do adjunto que demitiu. A alteração do relacionamento institucional entre os dois cria espaço para Marcelo Rebelo de Sousa poder dar o passo em frente e convocar mesmo eleições.»

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