Quem sou eu para falar deste homem que hoje morreu e do qual tantos vão escrever – e tanto.
Mas quando se tem uma vida já longa, é normal que ela se tenha cruzado com muitas outras e foi o meu caso com a de José Mattoso: estudámos ao mesmo tempo em Lovaina, ele História e eu Filosofia. Se nunca fomos íntimos, a verdade é que éramos então pouco mais do que uma meia dúzia de estudantes portugueses naquela magnífica Universidade e que nos encontrávamos de vez em quando.
Foi num desses encontros que surgiu a decisão de irmos assistir à Missa do Galo no mosteiro beneditino em que JM vivia porque era então monge da respectiva Ordem. E por mais anos que viva, nunca esquecerei a beleza do gregoriano cantado por umas dezenas de homens. Inigualável, única. De JM, é o que escolho para guardar no baú da minha memória.
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