19.2.24

19.02.1997 – O dia em que morreu Rómulo de Carvalho (António Gedeão)

 


Rómulo de Carvalho (António Gedeão) foi um grande professor de Química, estudioso e grande divulgador da História da Ciência, que os seus alunos do Liceu Pedro Nunes e do Liceu Camões nunca esqueceram.

Também poeta, autor de numerosos livros e do texto que deu vida à inesquecível canção Pedra Filosofal. Um pretexto como qualquer outro para a ouvir de novo, com a beleza de sempre e oportuna, hoje como em 1969, quando Manuel Freire musicou o poema publicado em Movimento Perpétuo (1956).



Fica também este manuscrito com parte do poema «Como será estar contente», publicado em Máquina de Fogo, 1960:


Lançar os olhos em volta, / moderado e complacente, / e tratar com toda a gente / sem tristeza nem revolta? / Sentir-se um homem feliz, / satisfeito com o que sente, / com o que pensa e com o que diz? / Como será estar contente?

Deve haver qualquer mecânica, / qualquer retesada mola / que se solta e desenrola / no próprio instante preciso, / para que um homem de carne, / de olhos pregados no rosto, / possa olhar e rir com gosto / sem estranhar o som do riso. (...)

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