13.2.24

Dia Mundial a Rádio

 


Depois do relógio de pulso, um rádio privativo era prenda dourada para os adolescentes, a décadas das Play Stations e dos tablets. E foi assim que este aparelho entrou no meu quarto e ficou durante anos numa daquelas mesas de cabeceira antigas com tampo de mármore e uma portinha para o penico. E ainda está algures aqui por casa.

Eram muito poucas as famílias «normais» que tinham acesso a televisão, quem nos dava electricidade ainda não eram os chineses (pelo menos em Lisboa era a CRGE), se já existiam hackers tinham outro nome e nunca se lembraram de me impedir de fugir dos adultos logo que possível e de ouvir rádio horas a fio. De noticiários não me lembro, futebol não me interessava, mas o paraíso chegava com os relatos dos campeonatos de hóquei em patins, certamente porque Portugal ganhava muitas vezes. Havia muita música portuguesa e talvez ainda saiba de cor o refrão do hino de «Os companheiros da alegria».
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