5.2.24

Onde está a coerência europeia?

 


«Entretanto, na hora "H" em que é fundamental garantir o futuro da Ucrânia, vemos os EUA manietados meses a fio. O país está profundamente fraturado, na cena interna, do ponto de vista político e social, e enfrenta um número de problemas de política externa que dispersam as suas capacidades de intervenção e confundem a ordem das prioridades. É a fronteira sul. O alinhamento problemático com Israel. A obsessão com o Irão. A competição suicida com a China. O medo da loucura norte-coreana. A imprevisibilidade de Putin. E agora, o espectro de Trump. Tudo isto faz emergir duas grandes conclusões. A Europa, ou seja, a NATO deste lado do Atlântico, não pode confiar no auxílio dos EUA, no caso de um conflito no espaço europeu. E a Ucrânia tem de procurar estabelecer alianças bilaterais com países europeus e outros, no prosseguimento da sua resposta à invasão russa. Essas alianças deverão sobretudo ser estabelecidas com nações vizinhas ou próximas da Rússia. São Estados que mais tarde ou mais cedo poderão entrar na mira dos russos, se a Ucrânia não conseguisse resistir à agressão do Kremlin.»

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