«Agora que apelou a assassinatos selectivos, já se pode dizer que o Chega é de extrema-direita?
O problema já não é “normalizar” o Chega, porque o Chega já foi normalizado. O problema é normalizar as ideias do Chega e temer pelas consequências de não as seguir mais ou menos de perto. Não, a direita democrática nunca diria, como fez o líder parlamentar do Chega, “que se a polícia atirasse mais a matar o país estava em ordem”, nem saudaria, como fez o assessor do Chega, a morte de um homem — “menos um bandido” — nem haveria de sugerir, como fez Ventura, que o polícia que assassinou Odair “fosse condecorado”. Depois desta semana já podemos dizer que o Chega é de extrema-direita e que apela ao discurso do ódio? (…)
Agora que apelou a assassinatos selectivos, já se pode dizer que o Chega é de extrema-direita?
o medo do Chega — e que um discurso em que fale em racismo nas polícias venha a ser aproveitado pelo Chega — capturou os maiores responsáveis políticos democráticos. Na direita democrática, a única voz razoável foi a do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.»
Ana Sá Lopes
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