18.11.24

Um 25 para mim, outro para ti

 


«Perante isto, porque deseja a direita parlamentar comemorar solenemente esta data? Será que pretende homenagear Costa Gomes, Melo Antunes, Mário Soares ou Álvaro Cunhal? Não parece que seja esse o caso. Esta iniciativa procura, sim, celebrar uma visão mitificada e, de certo modo, distorcida dos eventos, com pouco ou nenhum sustento historiográfico, que visa culpabilizar o PCP pelas acções da extrema-esquerda militar no 25 de Novembro — uma ideia semelhante àquela que a direita reaccionária também procurou difundir na época. Numa manobra retórica inusitada, é associado o perigo do extremismo e da radicalização a uma esquerda enfraquecida, num momento em que a extrema-direita cresce e ganha força pela Europa e no mundo ocidental — note-se a recente vitória de Trump nos EUA, que vem legitimar estes movimentos extremistas. Esta postura é incorreta não apenas por falta de rigor histórico, mas também face ao cenário político actual.» 


1 comments:

niet disse...

Carlucci tinha armadilhado quase tudo para o golpe. Brejnev ja tinha frisado que Portugal näo pertencia à zona de inluência soviética...Tudo depois de três meses de afrontamentos entre os fuzileiros e o Ralis contra as provocacöes dos Comandos, Costa Gomes e Melo Antunes decidiram falar com Soares e Cunhal e tudo se clarificou...Era o Outono em beleza com os leninistas e os maoistas a vingarem os anars presos por Franco: tudo na rua e Consulado e Embaixada de Espanha feitos em cacos. O Jornal Novo tinha uma banda desenhada diária com legendas que iam sinalizando os sinais decisivos de um confronto impossivel.