«Confirma-se o que se antecipava. No sistema político-partidário português haverá um antes e um depois do 18 de maio de 2024. Não se trata apenas de ter terminado o bipartidarismo e passarmos a um cenário tripartido. Desde esta quarta-feira, com a contagem dos votos da emigração, o Chega, um partido da direita radical populista (a designação dos cientistas políticos) ou de extrema-direita (a definição das pessoas comuns), passa a ser o principal partido de Oposição, algo nunca visto na democracia portuguesa e que, na verdade, ninguém previa.
Recordemos que, há seis anos, valia uns escassos 68 mil votos (1,3%) e que o único deputado era André Ventura. Hoje são um milhão e quatrocentos mil os que votam num caudilho que afirma na televisão, com ar compungido, que corre o risco de ser assassinado por ciganos e que, quando sofreu o célebre refluxo esofágico, julgava ter sido envenenado. São tantos quantos os que confiaram o seu voto ao PS, um dos partidos fundadores da nossa democracia liberal, o de Mário Soares, de Jorge Sampaio ou António Guterres.»
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