23.7.07

Porque não exterminá-los?

Inês Pedrosa, a propósito da abstenção nas eleições para a CML (Expresso, revista Única 21/7/2007):

«Esta demissão dos cidadãos em relação às suas responsabilidades deveria se sancionada: quem se está nas tintas para o governo da cidade deveria perder o direito a candidatar-se a empregos, bolsas ou apoios públicos.»


6 comments:

F. Penim Redondo disse...

Esta é uma nova versão da tese "se o povo não concorda com as nossas propostas substitui-se o povo".

Joana Lopes disse...

E se houver pouco povo (o que votou, 20 e poucos %), melhor: há menos despesa.

Anónimo disse...

Penso que a denúncia e até mesmo o merecido achincalhamento da chamada "classe política", pelo papel que vem desempenhando como factor principal de desmobilisação e demissão por parte dos cidadãos, não deve contudo isentar estes das suas responsabilidades próprias, apoiando o seu alheamento.

Joana Lopes disse...

Ninguém está a apoiar o alheamento,mas o que é intolerável é querer FORÇAR o voto com desejos ameaçadores. A democracia tem os seus preços e um deles é o dever de votar - e o direito de não o fazer.

carlos freitas nunes disse...

A democracia tem destas coisas! A uns dá-lhes para não votar a outros dá-lhes para culparem na falta de cidadania. Afinal de contas só um tem razão, aqueles para quem o voto é uma expressão de cidadania, ao não votarem exercem um direito democrático. A democracia é que não devia aceitar eleições, nem eleitos, com menos de 50% + 1 de votos ( vá lá, é a minha medida de razoabilidade) expressos nas urnas, mas aceita. Isso, para mim, é que é estranho! Dai que, um dia destes, se torne obrigatório votar, o que até não seria originalidade nenhuma.

Anónimo disse...

Se o voto fosse realmente importante já tinha sido abolido! Raramente alguém se lembra da demissão dos políticos, nomeadamente dos que formam governos, que utilizam sempre, mas sempre a hipocrisia e a demagogia!