Karoline Mayer , uma alemã nascida em 1943 e que vive no Chile desde 1968, acaba de publicar uma autobiografia initulada «El secreto siempre es el amor».
Membro de uma congregação religiosa, enfermeira, adepta da Teoria da Libertação, conhecida como «a madre Teresa da América Latina», trabalha há quarenta anos junto dos mais pobres e criou, em 1990, uma fundação que presta assistência a mais de 28.000 pessoas.
Teve de enfrentar Pinochet depois de ter recusado um lugar que lhe foi oferecido num ministério e acabou por ser presa. Experimentou também a hostilidade das autoridades eclesiásticas, incluindo as da sua própria congregação, que veio a abandonar.
No livro agora publicado, refere-se a uma visita que o então cardeal Ratzinger fez à sua comunidade, por ocasião de uma visita ao Chile, em 1988: «Cuando esperábamos escuchar de él un discurso cristiano, enraizado en los evangelios, se descolgó recordando que aquel día era la festividad del santo emperador Heinrich II y de su esposa Kunigunde».
E, vinte anos mais tarde, diz sobre o mesmo Ratzinger, agora na versão Bento XVI:
«Mi hermano el Papa no sabe lo que es trabajo pastoral.»
E ela lá continua o seu - na área da saúde, na formação de crianças e de jovens, na reabilitação de toxicodependentes. Há quarenta anos.
2 comments:
Não pertencendo a esta tribo,encanta-me ouvir estas vozes as quais, sem me querer meter em assuntos doutras agremiações, serão, porventura e por honradez, as ÚNICAS que chegarão aos céus!
São estas as vozes que devem ser atendidas e ouvidas, à semelhança das de Bento Domingues, o dominicano, a alertar para as vaidades terrenas de Bento XVI, o super-teólogo!
Bem haja, a minha cara "irmã", alemã "expatriada, que não se importa de procurar a verdade e vergastar o erro e o embuste, mesmo que seja cometido pelo sumo pontífice!
Zé Albergaria
E há muitos casos destes, desconhecidos, espalhados por esse mundo.
Enviar um comentário