Eu não! Não, de todo. Andei à procura dum superlativo com que tal canção ficasse bem enchapelada, mas não encontrei. Quem canta? O Alberto Ribeiro, talvez. Isto é dos tempos em que eu deixava de usar calções. Naqueles tempos, as raparigas andavam protegidas com fortíssimo repelente contra os homens, como se nós, coitados, fossemos uns miseráveis insectos tropicais. Picando aqui e ali. Onde pudessem. Ah! A virgindade, a intocabilidade, a noite de núpcias com produto em estado puro. Talvez por isso, as paixões eram transpostas para os Homens que Cantavam na rádio e nas fitas portuguesas. Canções de Amor. E quando se começava a dizer, com a boa linguagem das meninas do tempo, que um deles era um bocado esquisito ou, em linguagem mais solta, quase obscena, que era maricas, havia a formação de tropas que se digladiavam. Que não, que não podia ser, etc. e tal e coisas. Um homem assim... que tinha, que estava, que fazia... Mesmo aquela guerra entre a Simone de Oliveira e a Madalena Iglésias cabia no mesmo quadro. As raparigas de então, nisso, podiam esquecer as calças e cuidar também das saias. Aquelas eram das suas... o que era importante. Esta Corporação, a das mulheres, seria a mais importante de todas. E, à volta dessas duas, lá vieram contínuas, ininterruptas guerras e guerrinhas. Mas é que uma era muito melhor... Se havia comparação... Que disparate... Mas eu que bem podia ser o homem a quem Madalena Iglésias se referia com aquele “ele é bom rapaz”, hoje, admiro e respeito a Simone de Oliveira, mulher que tem lutado contra o tempo e as más coisas da vida. E se alguém tivesse assim à mão aquela coisa da Tourada... eu agradecia que a pusesse a tocar.
Nada que a Wikipedia não ajude a esclarecer, Septuagenário: Os «olhos castanhos» são de 1951, a Odete Santos nasceu em 41. Portanto, tinha até quase idade para o crisma...
Joana Lopes, como trabalho de ouvido e não pelos livros e não tenho a responsabilidade de um blog, mesmo assim não falhei muito no tempo.
Mas, como respondiam lá para as berças da "nossa heroina" os velhotes quando lhes perguntavam as horas naquele tempo, eles respondiam: Pelas alturas do sol, são umas dez, onze ou doze.
Tambem não falhavam muito.
mas, de qualquer maneira, obrigado pela correção do batismo para o crisma. Amem
eu, que sou um bocadinho mais nova que a Odete Santos, gosto muito desta música. Até já aterrorizei umas quantas pessoas cantando-a em karaoke. Teus olhoso risonhos, são luas são sonhos, são a minha cruz, teus olhos castanhos, de encantos tamanhos, são raios de luz. (de memória é o que se arranja. porcaria de genes, entranha-se-me tudo)
10 comments:
Está tudo a fazer batota, escolhendo várias, pois, assim tb. eu ;-)
Quantas mais melhor!!!
Eu não! Não, de todo. Andei à procura dum superlativo com que tal canção ficasse bem enchapelada, mas não encontrei.
Quem canta? O Alberto Ribeiro, talvez. Isto é dos tempos em que eu deixava de usar calções.
Naqueles tempos, as raparigas andavam protegidas com fortíssimo repelente contra os homens, como se nós, coitados, fossemos uns miseráveis insectos tropicais. Picando aqui e ali. Onde pudessem. Ah! A virgindade, a intocabilidade, a noite de núpcias com produto em estado puro. Talvez por isso, as paixões eram transpostas para os Homens que Cantavam na rádio e nas fitas portuguesas. Canções de Amor.
E quando se começava a dizer, com a boa linguagem das meninas do tempo, que um deles era um bocado esquisito ou, em linguagem mais solta, quase obscena, que era maricas, havia a formação de tropas que se digladiavam. Que não, que não podia ser, etc. e tal e coisas. Um homem assim... que tinha, que estava, que fazia...
Mesmo aquela guerra entre a Simone de Oliveira e a Madalena Iglésias cabia no mesmo quadro. As raparigas de então, nisso, podiam esquecer as calças e cuidar também das saias. Aquelas eram das suas... o que era importante. Esta Corporação, a das mulheres, seria a mais importante de todas. E, à volta dessas duas, lá vieram contínuas, ininterruptas guerras e guerrinhas. Mas é que uma era muito melhor... Se havia comparação... Que disparate...
Mas eu que bem podia ser o homem a quem Madalena Iglésias se referia com aquele “ele é bom rapaz”, hoje, admiro e respeito a Simone de Oliveira, mulher que tem lutado contra o tempo e as más coisas da vida. E se alguém tivesse assim à mão aquela coisa da Tourada... eu agradecia que a pusesse a tocar.
Aqui a tem:
http://www.imeem.com/people/RElXYvM/music/svH-S-Xk/fernando_tordo_tourada/
Muito obrigado.
Esta é do Francisco José, e ainda a Odete Santos não tinha feito a primeira comunhão.
Haja memória.
Nada que a Wikipedia não ajude a esclarecer, Septuagenário:
Os «olhos castanhos» são de 1951, a Odete Santos nasceu em 41. Portanto, tinha até quase idade para o crisma...
Joana Lopes, como trabalho de ouvido e não pelos livros e não tenho a responsabilidade de um blog, mesmo assim não falhei muito no tempo.
Mas, como respondiam lá para as berças da "nossa heroina" os velhotes quando lhes perguntavam as horas naquele tempo, eles respondiam: Pelas alturas do sol, são umas dez, onze ou doze.
Tambem não falhavam muito.
mas, de qualquer maneira, obrigado pela correção do batismo para o crisma. Amem
eu, que sou um bocadinho mais nova que a Odete Santos, gosto muito desta música. Até já aterrorizei umas quantas pessoas cantando-a em karaoke. Teus olhoso risonhos, são luas são sonhos, são a minha cruz, teus olhos castanhos, de encantos tamanhos, são raios de luz. (de memória é o que se arranja. porcaria de genes, entranha-se-me tudo)
Qualquer dia sai o Tony de Matos e «As cartas de amor».
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