Quando ontem cheguei a Portugal, percebi que Vasco Lourenço e Cavaco Silva andavam a trocar recados sobre a ausência do presidente da República na homenagem a Melo Antunes, realizada na Fundação Gulbenkian. O primeiro lamentava que o segundo tivesse recusado presidir ao Colóquio, o segundo veio referir dificuldades de agenda e explicar que a culpa era da comissão organizadora chefiada pelo primeiro. Adiante: estiveram na Gulbenkian os três (ex-)PR's que tiveram algo a ver com Melo Antunes.
Pouco sei do que se passou durante os dois dias, mas também deve ter havido por lá recados e agendas trocadas. Mas seria capaz de apostar que ninguém disse o que Mª Manuela Cruzeiro escreveu uns dias antes:
«Revisitá-lo a estes anos de distância é cada vez mais um acto de resistência: resistência, antes de tudo, ao esquecimento, à amnésia e à reescrita da história. Resistência à quietude endémica e passiva, ao pântano moral e cívico em que vivemos. Resistência a um país de espinha partida e de mentalidade medíocre, sem dignidade, sem projecto nem ambição, por mais que o negue a nova geração de “pragmáticos” que nos governa.»
(M.M.Cruzeiro é autora deste livro)
2 comments:
Estes pragmáticos que nos (des)governam, desconhecem que um País sem memória, é uma País sem futuro.
Mas o problema é que eles só nos (des)governam, porque a maioria das pessoas também teima em ser desmemoriada.
Deviamos de substituir as vacinas da gripe A, por umas ampolas de "Centrum", se calhar era bem mais proveitoso !
Maldito "Socas" que já colocou escutas na Gulbenkian!
Quer dizer, calculo eu, uma vez que não estando lá e sabendo pouco do que se disse tirou conclusões tão "luminosas"...
Que chatice, que maçada, o "Ernesto era "nosso" e agora é de todos (lol)
Ah e na Gulbenkian não estivemos a relembrar e homenagear...foi só chá com scones (LOL)
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