12.11.09

Este texto parece, mas não é, sobre a queda do Muro













«Os comunistas não deixaram que ficasse esquecida esta data maior da história da humanidade na sua exaltante caminhada para a efectiva liberdade, justiça e igualdade.»

Mas há outros que são, como por exemplo este - agressivo, racista, especialmente intolerável depois de ontem termos assistido a gestos simbólicos particularmente significativos, nas celebrações do aniversário do Armistício, que tiveram lugar em Paris:
«Particularmente a burguesia alemã que ao longo da História tem recorrido sistematicamente ao militarismo, ao assassínio de democratas e revolucionários, ao trabalho escravo, inventou a industrialização da morte e o extermínio em massa nas câmaras de gás, pretende agora apresentar os acontecimentos de 1989-1990 que conduziram ao fim do socialismo e da República Democrática Alemã como um processo «revolucionário» ou «libertador» e aproveitar a ocasião para representar a farsa do seu «amor à democracia».

P.S. 1 - «Repugnante», foi escrito agora na Caixa de Comentários. Assino e reforço.
P.S. 2 - A ler: O muro do Avante.

Só me apetece dizer: «Basta!»

11 comments:

Shyznogud disse...

O artigo do Avante é do mais repugnante q tenho visto nos últimos tempos.

Joana Lopes disse...

Exacto, até vou reforçar esse aspecto.

Shyznogud disse...

E mais, o der terrorist tem muita razão qdo fala em revisionismo

http://twitter.com/der_terrorist/status/5647780632

António P. disse...

Pois é Joana !
Mantém que o PCP é um partido de esquerda ?
Por outro lado admira-me a surpresa.
Budapeste foi em 1956.
Praga em 1968.
Repugnate é mas surpreendente só para os ingénuos.
Cumprimentos

Joana Lopes disse...

António P.
Sempre me indignei neste blogue com coisas destas - eu é que não sei onde está a sua surpresa...

José Manuel disse...

Não estou a ver o que tenha de xenofobo. A participação das grandes empresas alemãs na ascensão e consolidação do nazismo e dos campos de exterminio é um facto istórico. Ainda recentemente se discutia o problema das indemnizações às vítimas do trabalho escravo na Alemanha. O gás Zyclon-B, usado nas câmaras de gás era fabricado pela IG Farben. O grupo IG Farben era constituído por várias empresas nomeadamente a AGFA, BAYER, HOECHST e outras. A americana IBM também colaborou na organização destes campos. Outras empresas como a Siemens,Volkswagen e outras colaboraram neste processo, nomeadamente com a exploração do trabalho escravo das populações dos países ocupados. Estas empresas obviamente tinham donos e accionistas.
O Armisticio de 1918 não tem nada a ver com isto.

Joana Lopes disse...

Em que é que o facto de grandes empresas terem colaborado com o nazismo (colaboram sempre com o poder, seja ele qual for…) tem a ver com isto: «a burguesia alemã que ao longo da História tem recorrido sistematicamente ao militarismo, ao assassínio de democratas e revolucionários». E a «burguesa» russa não fez o mesmo? De outro modo, é certo, mas fez.
Além disso, o texto do Avante é xenófobo, sim, na medida em que culpa os alemães actuais pelos factos passados.

Pisca disse...

Talvez fosse interessante colocar o resto do artigo, digo eu que nestas coisas gosto de ler tudo

Quando não um dia destes temos um Post sobre a data e o numero do Avante, é só o que falta

Joana Lopes disse...

Por isso está posto o link: clica-se no excerto e tem-se acesso ao texto na íntegra - como a gente sabe e o Pisco, que tem um blogue, certamenete não ignora.

José Manuel disse...

"o texto do Avante é xenófobo, sim, na medida em que culpa os alemães actuais pelos factos passados." Só na mais completa iliteracia (ou má fé) se pode partir daquele texto para esta conclusão. A não ser que se confunda a "burguesia alemã" com o "povo alemão".
Eu não confundo. Da mesma forma que não confundo os grandes heróis modernos da Alemanha como Rosa Luxemburgo, KArl Liebekenecht, Clara Zetkin ou Ernst THalmann, entre muitos outros com os herdeiros dos donos da IG Farben e afins.

Este post só por iliteracia ou má fé.

Joana Lopes disse...

Como calculo que considera Merkel, por exemplo, da «burguesia» e não do «povo», assumo que aprova que a considerem responsável pelo Holocausto.

Fique na sua: não tenho qualquer esperança ou sequer vontade de o convencer do que quer que seja e, muito menos, de medir graus de iliteracia ou de má fé.