Ainda nem cheguei ao fim do livro, mas não resisto a referi-lo de novo, porque A volta ao dia em 80 mundos, de Julio Cortázar (*) é de leitura imprescindível.
Irei pondo aqui alguns excertos.
«Que sorte excepcional ser sul-americano, e ainda por cima argentino, e não sentir-me obrigado a escrever a sério, a sentar-me diante da máquina com os sapatos engraxados e uma noção sepulcral de gravidade do instante. (…) Nada mais cómico do que a seriedade entendida como valor prévio a toda a literatura importante (outra noção infinitamente cómica quando postulada), essa seriedade do indivíduo que escreve como quem vai a um velório por obrigação ou dá uma massagem a um padre.»
(*) Cavalo de Ferro, 2009, 336 p. Leia-se a recensão de Ana Cristina Leonardo na sua Pastelaria.
Irei pondo aqui alguns excertos.
«Que sorte excepcional ser sul-americano, e ainda por cima argentino, e não sentir-me obrigado a escrever a sério, a sentar-me diante da máquina com os sapatos engraxados e uma noção sepulcral de gravidade do instante. (…) Nada mais cómico do que a seriedade entendida como valor prévio a toda a literatura importante (outra noção infinitamente cómica quando postulada), essa seriedade do indivíduo que escreve como quem vai a um velório por obrigação ou dá uma massagem a um padre.»
(*) Cavalo de Ferro, 2009, 336 p. Leia-se a recensão de Ana Cristina Leonardo na sua Pastelaria.
2 comments:
Peguei nele hoje, Joana
Uma maravilha, Ana. Nunca tinha lido nada dele. Bjs
Enviar um comentário