26.4.10

Darjeeling não é só nome de chá


Estou agora na parte indiana dos Himalaias Orientais, uma faixa estreita, a Sul do Tibete e entalada entre o Nepal e o Butão.

Duas horas de voo e 90 kms depois, chegámos a Darjeeeling, uma das paragens aguardada com mais expectativas.

Mas vale a pena explicar porque não esqueceremos tão cedo as quase cinco horas que levámos a percorrer os ditos 90 kms, embora tudo o que possa ser dito fique aquém da realidade. Na primeira metade da viagem, numa estrada estreita, a quantidade de toda a espécie de meios de transporte e de pessoas, nas bermas e não só, as filas intermináveis de tendas com ar pobre mas em que se vendia tudo e mais alguma coisa (pelo número de cartazes da Vodafone, estou certa de que até as vacas têm telemóvel), tornava impossível avançar-se a mais de 20 ou 25 kms / hora.

Mais tarde, e já em região menos povoada, a estrada passou a uma espécie de rua cheia de buracos e o trânsito transformou-se em gincana automóvel imprópria para cardíacos.

Amanhã, veremos os campos de chá, mosteiros budistas e uma paisagem magnífica - se o tempo, que não está famoso, fizer o favor de nos ajudar.

Voltando à experiência desta tarde: só se vê gente, gente e mais gente, neste país com uma taxa de natalidade altíssima, que ultrapassará em breve a China em número de habitantes. Alguém ainda duvida que o futuro próximo do mundo estará na mão dos asiáticos?
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