10.4.10

Vem, César das Neves, estás perdoado


Quando a Shyznogud pôs isto ontem no Facebook, perguntei pelo menos três vezes se era a sério se a brincar.

«Por exemplo, qual é a melhor, a verdadeira posição para a relação sexual entre um homem e uma mulher? Quanto ao homem, essa deve ser a posição em que o homem volta as costas a Deus pelo amor a uma mulher e para cair nos braços de uma mulher - a posição correspondente ao pecado original (aqui). Quanto à da mulher, essa há-de ser a posição em que ela olha para o céu (Deus), que é para onde está a ser levada pelo homem (aqui).
Juntando as duas partes, temos a posição clássica, a posição canónica, aquela que vai à Igreja buscar o seu próprio nome - a posição do missionário. Esta é também uma posição sexual distintamente humana, e que não ocorre entre animais, e aquela que é mais favorável à fecundação.»

Não deixem de seguir o link do primeiro «aqui». Não resisto a pôr o texto correspondente ao segundo:
«Mas, então, isto significa que as mulheres não podem chegar ao céu? Claro que podem. Desde que sejam conduzidas por um Homem. Por Cristo em primeiro lugar, por um padre católico em segundo, ou por um homem que seja tão parecido com Cristo, ou com um padre católico, quanto possível.»

Autor ingénuo, desconhecido? Qual quê: bem doutor e até com honras de Wikipedia. Ou o diabo por ele.
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5 comments:

Cristina Gomes da Silva disse...

Bela maneira de começar o dia, Joana. A rir perdidamente. Obrigada

jose reyes disse...

Só lhe faltou dizer que agora, com o GPS, será mais fácil levá-las ao céu.

jaa disse...

Ah, caro jose reyes: agora, com os sistemas GPS, as mulheres até já devem conseguir lá chegar sozinhas. Antes, com mapas em papel, é que era difícil e precisavam de companhia masculina. (A menos que «levá-las ao céu» tenha sido usado em sentido figurado mas, neste caso, não estou a ver de que modo o GPS pode ser útil.)

Em nota acessória (ou, melhor, em segunda nota acessória), devo confessar (se calhar não é o melhor termo) que, se acreditasse no céu e no Pedro Arroja, ficaria preocupado com a possibilidade de atingir o céu (hipótese improvável, apesar de ser homem e muito canónico) e: a) haver poucas mulheres; b) Pedro Arroja lá estar.

Já agora (peço desculpa, cara Joana, mas não resisto): ó Cristina, «começar o dia» ao meio dia e vinte e um?

Joana Lopes disse...

E tem alguma coisa contra quem começa o dia às 12.21? :-)

jaa disse...

"Contra" talvez não. Ter, tenho. Inveja.