«Os 16 membros da zona do euro não foram capazes de uma verdadeira cooperação. Não percebem que têm um bem comum para gerir: o euro.»
É necessário que sejam criados «obrigações públicas europeias, não para cobrir os deficits, mas para financiar as despesas futuras» , «fundos de ajuda conjuntural a serem utilizados em fases de crescimento fraco» e « um fundo de amortização, que cobriria uma parte do deficit de cada um dos 16 estados».
São indispensáveis sanções contra os Estados negligentes: «As mais lógicas seriam privar de fundos – parcial e temporariamente - os países que não praticassem uma política sã.»
«Não são os banqueiros que receberam dos Estados, como empréstimos ou garantias, 4.589 biliões de euros, que podem ditar aos governos os comportamentos que estes devem ter. A política tem de ser a última referência.»
«Pessimista activo», prevê o pior se «a Europa se deixa levar, atravessada como está, hoje, por ondas populistas e nacionalistas. Será o declínio garantido, mesmo se os líderes não estejam conscientes da realidade. E mesmo o melhor aluno da classe europeia [a Alemanha] ficará depenada...»
(Excertos de uma entrevista a ser publicada em Le Monde, com data de amanhã.)
A ler também:
* Helmut Schmidt: «L'Europe manque de dirigeants»
* Mário Soares: «Líderes da UE são incapazes e só pensam em dinheiro»
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4 comments:
Bom regresso, cara Joana Lopes. Depois da saga mefistofélica do Wikileaks, a primeira tentativa mundial de sabotagem política da Lógica Totalitária da Comunicação,as boas " receitas " do imprescindível Delors para evitar o fim do Euro, como a " téflon " Merkel tinha ameaçado em Bruxelas...Niet
Bem regressado também, Niet...
É fácil de perceber porque é que a Europa está como está; é que dirigentes da estirpe de Schmidt, Kohl, Mitterrand e Delors, deram lugar aos que fizeram a guerra do Iraque, guerra aos ciganos, frança, ou guerra ao multiculturalismo, que é como quem diz aos imigrantes, Alemanha.
Sem dúvida, fernando f.
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