Fiquem então descansados, historiadores e memorialistas, porque nada disto se vai perder ao longo dos tempos - «isto» sendo conteúdo de blogues, páginas do Facebook, perfis de Twitter e tudo o mais que adiante aparecerá, que ficará protegido em túmulos virtuais para alguém mais tarde consultar.
Vêm aí os e-túmulos, alimentados por energia solar (ecologia oblige…) e acessíveis a partir de um simples telemóvel com bluetooth. Muito mais atractivos do que as sinistras pedras de mármore em campas rasas, não sei se a ocupar prateleiras em jazigos, mas certamente ornamentáveis com fotografias tiradas do Facebook ou de posts de um qualquer blogue.
Claro que já surgiram as primeiras discussões sobre direitos de acesso: deve este ser reservado a familiares dos autores ou não, com que regras de protecção de privacidade, que defesas contra hackers devem ser garantidas, etc., etc. etc.
O que não é dito é se o Facebook continuará activo entre e-túmulos, dando aos seus habitantes a possibilidade de criarem grupos do tipo «we are dead».
Tudo matéria para reflexão sobre o que aí vem, mais dia menos semestre.
(Daqui, via Virgílio Vargas no Facebook)
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