Foi ontem decidido que, dentro de três meses, será proibido fumar em Nova Iorque, mesmo ao ar livre. Nem um cigarrinho para descansar de um jogging no Central Park, num dia de praia em Brooklyn ou nas esquinas de Times Square - local que, como é sabido, tem o ar menos poluído do universo!
É difícil vencer os americanos quando lhes dá para o fundamentalismo, mas nunca brilharam pela coerência. Que eu saiba, não passou a ser proibido vender armas com relativa ou muita facilidade, embora, até prova em contrário, me pareça que ainda matam mais do que o tabaco.
Já agora os americanos podiam copiar o governo do Butão, onde agora não é permitido vender tabaco. Pode-se fumar em privado, mas é preciso demonstrar que os cigarros foram importados ou comprados no estrangeiro e a polícia pode bater à porta para pedir que o recibo seja exibido. Lá chegarão?
Deve ser também isto a tal de globalização…
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4 comments:
Pode parecer ridículo o que vou dizer, mas é verdade: eu vivo num 1º andar por cima de um café, pequenino, com poucas mesas, e os clientes vêm cá para fora fumar. Nos dias de verão, à noite tenho que fechar a porta da varanda pois o cheiro do tabaco entra pela casa dentro!
Claro que não me passa pela cabeça que proíbam de fumar na rua, mas a liberdade de uns afecta quase sempre a liberdade dos outros...
Pois, isso é verdade «a liberdade de uns afecta quase sempre a liberdade dos outros». Mas esta perseguição dos fumadores é um excesso.
Deixei de fumar há muitos anos e estou de acordo com restrições do nível da que temos em Portugal. Mas esta de NY parece coisa mais própria de Riad. Até já me está a dar vontade de ir fumar para o Central Park.
Ainda bem que fui aos States noutros tempos, antes desta maluqueira. Na altura, a benefício da qualidade do espaço público, meditei que não seria mau o Americano médio aprender a usar o garfo e a faca em simultâneo; e o sistema de ensino deles dar uns rudimentos de Geografia e História Universal; e os cavalheiros deixarem de supôr que o bidé é uma louça sanitária exclusivamente feminina; e outras coisas igualmente transcendentes. Agora, não me interessa: não vou lá pôr os pés. Puta que os pariu, Joana, se me perdoa a expressão.
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