São algo contraditórias as notícias que estão a chegar sobre a amplitude das concentrações que tiveram lugar ontem na China. Uns falam de «um punhado de manifestantes», outros nem tanto assim.
Mas qualquer que tenha sido a dimensão, quando se fala de Pequim, de Xangai, ou mesmo de Cantão, soa um alerta e regressa o pesadelo das imagens de Tiananmen. Se não imaginávamos, há algumas semanas, o que está a acontecer no Norte de África e no Médio Oriente, preparemo-nos porque ainda não nos habituámos à imprevisibilidade que invade o mundo neste momento.
Por mensagens na internet, furando todas as medidas de censura, foram feitos apelos para que, em 13 cidades chinesas, «os trabalhadores sem emprego e as vítimas de expulsões forçadas participassem em manifestações, gritassem slogans e exigissem liberdade, democracia e reformas políticas que acabem com o partido único».
Se a acção da polícia foi eficaz e se saldou por cerca de 100 detenções, as autoridades chinesas não menosprezaram o acontecimento, receosas que estão do possível contágio da rua árabe. «Jasmim» e «Egipto» são palavras censuradas e, hoje, quem tentou ver os relatos dos acontecimentos na CNN, BBC ou TV5 obteve um ecrã negro.
Tudo é censurado na internet, mas há quem consiga furar o sistema e pôr, no Youtube, vídeos de telemóvel.
O que se seguirá?...
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1 comments:
Tem razão, Joana...
Veja lá se a comunicação social portuguesa fez alguma alusão à ocupação do Capitólio na capital do Wisconsin por milhares de pessoas !!!
João Pedro
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