25.5.12

«Mulheres de Armas» – Lançamento



As histórias contadas em Mulheres de Armas poderiam fazer parte de um romance, mas aconteceram de facto, na década de 1970, e fazem parte da história da luta anti-fascista em Portugal. Nos anos que antecederam a Revolução de Abril de 1974, existiram grupos de acção armada, formados por cidadãos que não acreditavam que o regime cairia por si. 

Uma dessas organizações chamava-se Brigadas Revolucionárias e durante quatro anos, de 1970 a 1974, combateu a ditadura e criou uma nova forma de luta. Com alguma ingenuidade mas muita perícia, este grupo conseguiu abalar o sistema e desorientar a polícia do Estado. O principal objectivo era boicotar a política colonial, daí que os alvos primordiais das acções fossem quartéis e material militar, seguindo o princípio de não afectar vidas humanas. 

Quando, em 2007, a jornalista Isabel Lindim começou a recolher documentos sobre as Brigadas Revolucionárias e o Partido Revolucionário do Proletariado, deparou-se com as histórias de várias mulheres ligadas à organização. Mulheres que participaram em acções, colocaram explosivos e assaltaram bancos. Mulheres que se movimentaram na retaguarda das Brigadas e prestaram o apoio fundamental para a formação de uma base sólida de luta. 

Das entrevistas realizadas a algumas dessas intervenientes resultaram catorze histórias de mulheres de armas, tanto no sentido figurado como no sentido literal do termo. Ficam assim inscritos na memória os importantes testemunhos de quem esteve nas trincheiras de um combate clandestino, contribuindo para construir o puzzle de uma época da história contemporânea portuguesa. 

(Da contracapa do livro)
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